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O que é economia solidária ?

Uma nova tendência vem ganhando cada vez mais espaço como geração de emprego inovadora e inclusiva. A Economia Solidária é uma forma diferente de vender, comprar, trocar diversos itens como alimentos, artesanato, roupas etc. Esse tipo de economia visa atender o bem comum e é sustentável, não destrói o meio ambiente e não se pauta na exploração humana.

 

O termo pode causar estranhamento à primeira vista. Como tratar a “economia”, algo que, algumas vezes, até remete ao estabelecimento de hierarquias em relação ao dinheiro, com “solidariedade”, palavra que remete ao conjunto, beneficiar a todos. Significados bem divergentes, não?

 

O conceito de Economia Solidária visa prioritariamente dar sentido a essas duas palavras quando associadas. É quando as práticas econômicas são benéficas igualmente para todos os participantes e não em exaltação ao capital. Assim, encontramos exemplos de economia solidária. 

Como começou?

  Verificamos que o artesão tem seu grande papel na formação dos primeiros pensamentos sobre Economia Solidária. Isso porque esses profissionais prezam pela qualidade e não pela produção em série dos seus produtos. Visto isso, tiveram que buscar formas alternativas naquela época para conseguir burlar os meios de produção das indústrias e o mercado que ela atinge.

Nesse universo amplo, a Economia Criativa gera riqueza e qualidade de vida a partir de recursos que são intangíveis, como a cultura, conhecimento, criatividade e experiência. Mas como quantificar algo imaterial como uma ideia, talvez seja o maior empecilho dessa nova forma de economia, tão característica do século XXI.

 

Dessa forma, podem-se pensar associações, cooperativas, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras formações, como modos de fazer com que o lucro obtido seja voltado para o ser humano e não para o capital. Estes grupos devem se preocupar desde a produção à distribuição, consumo, poupança e crédito, com o princípio autogestivo das ações econômicas que eles querem propor.

No país, a Economia Solidária se expandiu a partir de instituições e entidades que apoiavam iniciativas associativas comunitárias e pela constituição e articulação de cooperativas populares, redes de produção e comercialização, feiras de cooperativismo e economia solidária etc. Atualmente, o país já possui milhares de projetos econômicos solidários espalhados por todos os estados, sendo as principais organizações chamadas de incubadoras.

 

As incubadoras são apoiadores que incentivam as práticas de Economia Solidária. Geralmente, estas estão inseridas em universidades.

Alguns exemplos de incubadoras universitárias são: ITES – Incubadora Tecnológica de Economia Solidária, na Federal da Bahia; a INCUBA – Incubadora de Empreendimentos Solidários, na Estadual da Bahia; a ITEPS – Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares e Criativos, na Federal do Cariri (CE); Incubadora de Economia Solidária, na Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo (RS), Dentre outras.

 

O papel dessas incubadoras é promover uma assessoria e acompanhar o andamento de diversos projetos econômicos solidários que estejam vigentes nas comunidades. Dando assistência de diversas formas, as incubadoras contribuem tanto na divulgação quanto na capacitação dos envolvidos, ajudam com recursos ou materiais e, como o próprio nome já remete, as incubadoras reforçam no início das ações e auxiliam para que os projetos continuem vigentes e ativos. As incubadoras, tendo a base das suas ações na Economia Solidária, implicam na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade, como sujeito e finalidade da atividade econômica.

No Cariri, o melhor exemplo prático de Economia Solidária está no Cariri Criativo. O Projeto desenvolvido dentro da Universidade Federal do Cariri, vinculado à Incubadora ITEPS, surgiu no Programa de Fomento à Economia Criativa do Cariri, coordenado pela professora Cléo do Vale. O Cariri Criativo é cadastrado como extensão e cultura. O projeto surgiu após um mapeamento dos produtores criativos da região, através do qual se identificou uma necessidade de comercialização dos produtos. A partir de então, foi realizado o I Encontro de Empreendedores Criativos e a primeira feira aconteceu em novembro de 2014, durante a XVI Mostra Sesc. 

Atualmente, a feira é realizada mensalmente no largo da RFFSA, no Crato. São disponibilizadas 13 barracas que apresentam produtos diferenciados como moleskines, bolsas e mochilas do PONTO 21, comidas típicas da região e cartões personalizados, além de shows de bandas da região e oficinas práticas.

Cariri Criativo 

Expediente

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O conceito de economia solidária, apesar de ter sido criado e desenvolvido no Brasil na década de 90, já era praticado há muito tempo. Durante a revolução industrial (final do séc. XVIII e começo do XIX), alguns artesãos se sentiram ameaçados perante a substituição do homem pela máquina, o fortalecimento da manufatura e a desvalorização do artesanal. Os meios de produção estavam se modernizando, acelerando e, consequentemente, se padronizando. Perante a esse contexto, foi criada na Europa (e posteriormente espalhado pra outros países) a Sociedade dos Pioneiros de Rochdale (1844), uma cooperativa que já trabalhava com a economia beneficiando todos os envolvidos.

 

Naquela época, o estilo de vida de um funcionário de fábrica era difícil, eram 15 a 17 horas por dia de jornada de trabalho. Em meio a isso, 28 tecelões resolveram abrir uma loja numa cidade da Inglaterra (em 1844) e discutiram ideias para gerir o ponto comercial que formularam na base dos princípios do cooperativismo autêntico. Esse é o contexto da Sociedade dos Pioneiros. 

Incubadoras

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